Notícias

NotíciasPós Pandemia: aviação geral se torna ainda mais importante04/07/2021

A Pandemia provocou uma crise sem precedentes na aviação mundial. O volume de voos da aviação comercial regular retornou a patamares de 20 anos atrás e alguns anos serão necessários para a completa retomada dos volumes de passageiros transportados, principalmente os mais lucrativos, que viajam a negócios.

Enquanto as empresas de aviação comercial regular estão trabalhando para definir como será seu futuro, possivelmente com menos passageiros dispostos a pagar mais, os negócios da aviação geral indicam potencial de forte aceleração. Empresas como VistaJet e NetJets anunciam recordes de utilização das suas aeronaves, acelerando planos de compra de aeronaves e aumento nos seus programas de fracionamento de aeronaves.

No Brasil, a ANAC finalmente publicou no final do ano passado a Subparte K do RBAC 91, proporcionando clareza jurídica sobre os modelos de fracionamento adotados no Brasil há muitos anos mas que sofriam ainda com lacunas regulatórias agora resolvidas. "Certamente, a publicação da Subparte K do RBAC 91 cria ambiente de negócio para a expansão desse negócio no Brasil. Aeronave boa é aeronave voada com frequência e com segurança. Claro que o fracionamento da propriedade expandirá esse mercado, pois ninguém quer investir para ter uma aeronave sozinho, voar pouco e assumir todos os custos. A conta dificilmente fecha. Isso tente de mudar", aponta Humberto Branco, presidente da AOPA Brasil.

A Amaro Aviation, no Brasil, reuniu Marcos Amaro, Francisco Lyra, David Barioni, Igor Bueno, entre outros nomes de peso da aviação, para se posicionar no negócio de fracionamento e administração de aeronaves para a aviação geral. O JHSF Catarina São Paulo, há poucas semanas, tornou-se o primeiro aeroporto privado internacional do Brasil. A CCR entrou no negócio de infraestrutura aeroportuária para valer, adquirindo 2 blocos no último leilão de concessões, nos quais há aeroportos que somente se viabilizarão se a empresa for capaz de prestar serviços para a aviação geral, que tem uma lógica diferente dos que só atendem grandes volumes de passageiros transportados pelas linhas aéreas.

"A aviação geral é um segmento muito amplo. Claramente esses novos fatos falam sobre apetite para negócios. O campo é fértil: o país é continental, precisa da aviação geral para se manter conectado, tem a segunda maior frota do mundo de aeronaves privadas, uma economia que se descentralizou, uma rede enorme de aeroportos para ser usada. Será preciso boa articulação para a ANAC, o DECEA e a SAC andarem rápido, dando estrada para esse negócio prosperar. Não dá para pensar em crescimento com essa confusão na utilização de aeroportos pela aviação geral, falta de combustível ou restrições na distribuição, taxas e mais taxas, regras ilógicas para uso de pistas e pátios em aeroportos e um monte de outros fatores que, em conjunto, ainda atrapalham muito a operação e os custos. Mas nesse momento de transformação é que as mudanças podem ocorrer. Há diálogo com os reguladores mas isso precisa andar. Não podemos continuar com restrições que não se justificam, jabuticabas e custos que não fazem sentido", avalia Humberto.

Crise gera oportunidades. Essa parece uma delas. Façamos todos nossa parte para que o Brasil não olhe para trás daqui 4, 5 anos e, novamente, se veja tendo desperdiçado chances de prosperar. Será que dessa vez seremos capazes de olhar para trás e celebrar real evolução?




Dúvidas ou sugestões? Nos escreva!










fale conosco

(11) 97237.3877

(11) 97237.3877