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NotíciasMinistro Tarcísio: não é aviação geral OU comercial. São as duas!25/07/2020

Nas últimas horas circulou pelas redes sociais um vídeo com o Ministro Tarcísio Freitas sobrevoando o aeroporto de Angra dos Reis e anunciando a destinação de fundos federais para a sua qualificação. 

Sem dúvida alguma, a melhoria de aeroportos, particularmente daquela região sul fluminense, é requisito não só para o desenvolvimento econômico mas para a própria segurança operacional da aviação.

Mas numa frase do ministro Tarcísio, fica-se com a clara impressão dele revelar a natureza do pensamento que ainda precisa ser corrigido para que o Brasil tenha uma aviação do tamanho que merece. Em certo trecho do vídeo, o ministro fala algo como "com a melhoria da infraestrutura, o aeroporto poderá receber aeronaves maiores, inclusive ATRs e não só pequenos aviões da aviação geral". Não há nada de errado num aeroporto ser qualificado para receber aeronaves maiores. Aliás, a AOPA Brasil trabalha por isso há décadas.

O que precisa a nosso ver ser ajustada é a visão equivocada da aviação geral como apêndice, algo acessório. Particularmente no caso do turismo com as características do sul fluminense, é importante que o Ministro e a Secretaria de Aviação Civil compreendam que a aviação geral está longe se ser acessória. E para isso, basta que conheçam em profundidade o papel da aviação geral para a riqueza turística do caribe, inspiração do Presidente Bolsonaro para o desenvolvimento da região das baías de Angra e Paraty.

Assim como nas dezenas de ilhas do Caribe, tais como Bahamas, Turks and Caicos, República Dominicana, Ilhas Cayman, Jamaica, Porto Rico, Ilhas Virgens Britânicas, Antilhas Holandesas, Nevis e St. Kitts, Antígua e Barbuda, Montserrat, Dominica, St. Lucia, St. Vincent e Granadinas, Barbados, Granada e Carraicou e Trinidad e Tobago, o sul fluminense pode se beneficiar tremendamente da operação da aviação geral. Somente as Bahamas faturam 387 milhões de dólares por ano com o movimento de aeronaves da aviação geral que chegam nos seus aeroportos. Muitos desses destinos não tem voos regulares mas nem por isso a aviação deixa de exercer fundamental papel, através da aviação geral.

Então não se trata de investir só para a aviação comercial chegar, mas investir para a aviação ter melhores condições de operar, incluindo a aviação geral que movimenta o turismo qualificado da região há décadas.

No mais, convém lembrar ao Ministro que sem aviação geral, porta de entrada para todo o sistema de aviação civil, inclusive a comercial, não se formarão os profissionais que comandam os ATR 42 ou ATR 72 que todos desejamos que operem não só em Angra dos Reis.

A hora que essa visão integral sobre a aviação se consolide, incluindo todos seus segmentos, então não haverá mais motivo para a comunidade apelidar a SAC de Secretaria de Aviação Comercial, e a ANAC de Agência Nacional para a Aviação Comercial. 

Clique abaixo e conheça o paper produzido pela AOPA Brasil, em setembro de 2019, sobre os requisitos para que a aviação fosse potencializada na região.



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