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NotíciasGasolina contaminada?08/07/2020

Em 2018 a Petrobras interrompeu a produção de gasolina de aviação em território nacional e desde então, apesar da expectativa de retomada, isso não ocorreu e o Brasil tornou-se importador do produto. Entre 2018 e 2019 houve falta do produto em todo o Brasil.

No segundo semestre de 2019 operadores e oficinas relataram aparentes índices excessivos de chumbo, que se acumulavam de forma anormal em partes do grupo motopropulsor.

Investigações realizadas na ocasião, até onde a AOPA Brasil foi informada pela associação dos distribuidores, deram conta de que as amostras de produto retiradas pela ANP, Distribuidoras e Petrobras, em diferentes pontos de amostragem, desde os tanques de estocagem na refinaria até os tanques das distribuidoras nos aeroportos, estavam dentro das especificações de Chumbo previstos. Havia sido detectada diferença no teor de chumbo do produto produzido no Brasil para o importado porém dentro dos limites da especificação segundo associação de distribuidores.

Ontem passaram a circular diversas informações, em redes sociais de operadores aeronáuticos, em diversas localidades e regiões do Brasil, dando conta da possível ocorrência de corrosões agressivas, aparentemente provocadas pelo combustível, que se apresentam em tanques de aeronaves, juntas, mangueiras, seletoras, bicos injetores, drenos e em outras partes e componentes. Essas informações foram transmitidas inclusive com imagens, já repassadas à ANAC.

Dado o risco severo decorrente de uma eventual contaminação do produto em algum ponto da cadeia de suprimento nossa Associação solicitou pronta ação da ANAC para:

1. Revelar todos os testes realizados pela Petrobras e distribuidores no combustível importado nos últimos 120 dias

2. Realizar novos testes em diversos pontos da cadeia de distribuição, revelando assim que possível seus resultados

3. Abrir canal de comunicação direta e formal entre a comunidade aeronáutica e ANAC para que se consiga mapear localidades, aeronaves, amostras de produtos e componentes potencialmente contamidados

4. Fornecer imediatas instruções a aviadores, distribuidores, revendedores, operadores e aviadores relativamente a verificações que possam ser conduzidas antes das operações como pronta forma de mitigação de riscos.

A AOPA Brasil recomenda a todos seus associados que aumentem muito seu rigor nas inspeções pré-voo. Preferencialmente, expandam essa verificação para detalhes em mangueiras, conectores, juntas e seletoras em busca de indícios de vazamento de combustível. A AOPA Brasil lembra que esse não é um assunto trivial e os aviadores são os primeiros interessados e responsáveis pela segurança das suas operações!

Caso haja indício de vazamento, aborte seus voos, documente com fotos, procure sua oficina imediatamente. Além disso, colha amostra do combustível que esteja nos tanques e guarde-a. Entre em contato imediatamente com o revendedor ou distribuidor que abasteceu a aeronave e exija o atestado de qualidade do produto e reporte o problema à ANAC e ao CENIPA.

Clique abaixo e veja o ofício encaminhado à ANAC.



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