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NotíciasBrasil em último em ranking de mobilidade aérea: nenhuma novidade22/01/2022

Há alguns dias, a KPMG, uma consultoria global que apoia empresas e governos em todo o mundo, publicou a segunda edição do seu "Índice de Prontidão para Taxis Aéreos". 

Como era esperado, o Brasil figurou em último lugar, dentre os 25 países estudados.

O estudo, que pode ser baixado aqui, combina indicadores de todos os países estudados para demonstrar quais estão mais preparados para adotar novas formas de mobilidade aérea, um mercado de trilhões de dólares que tem, ironicamente, a brasileira Embraer, um dos competidores mais promissores.

Em síntese, a consultoria analisa quatro aspectos para chegar às suas conclusões: Política e Regulação; Infraestrutura, Tecnologia e Inovação e Aceitação dos Consumidores.

"Para quem, como nós da AOPA Brasil, atua desde 1972 para proteger a aviação leve, privada, tradicional, os resultados não são nem um pouco surpreendentes. O Brasil não consegue sequer manter em voo, com modernidade e prosperidade, suas aeronaves tradicionais. Quem dirá veículos autônomos e as novas tecnologias emergentes?", pondera Humberto Branco, Presidente da AOPA Brasil, que detalha: "o Brasil tem a segunda maior frota de aeronaves privadas do mundo. Temos tudo para sermos uma potência na região da América do Sul inteira, um mercado enorme. A aviação regular não chega a mais do que 100 cidades. O Brasil tem mais de 4.000 aeródromos. Mas a regulação arcaica torna inviável modernizarmos aeronaves; a ANAC e a SAC não garantem sequer que aeroportos tenham combustível para abastecer a frota atual; a introdução de novas tecnologias, inclusive em benefício da segurança, demora, quando chega. No fundo, a aviação geral brasileira sobrevive porque é grande, essencial e teimosa. A cidade de São Paulo quase perdeu um aeroporto por causa de um governador demagogo e mentiroso; Belo Horizonte luta para manter o Carlos Prates, sendo entregue para a especulação imobiliária; Belém já perdeu. Isso é ridículo". 

Será que com a péssima imagem produzida por surgir em último lugar no índice global, o governo brasileiro acorda? A AOPA Brasil lembra que temos uma sétima rodada de concessões de aeroportos que ocorrerá daqui alguns meses. Sabemos que os novos concessionários terão exigências maiores para modernizar aeroportos, mas isso não significa que continuarão abertos e utilizáveis pela aviação geral tradicional, quanto mais servir de plataforma para tecnologias emergentes. 

"A verdade é que enquanto o mundo caminha para popularizar o transporte aéreo privado e de pequeno porte, o Brasil ainda tenta de livrar do atoleiro de regras, atrasos, falta de investimentos, corrupção e ignorância de décadas, para manter a aviação que já possui voando em segurança e com custos minimamente razoáveis. O estudo da KPMG nos envergonha mas comprova o que nós, que conhecemos o setor, já sabemos. Tomara que isso sensibilize a SAC e a ANAC para que algo mais seja feito. Não podemos mais admitir aeroportos sem gasolina e sem procedimentos por instrumentos, com operações mais caras do que na Suíça. Não podemos ficar mais atolados em papéis da ANAC para instalar um mero GPS ou Piloto Automático em um avião. Vamos transformar essa constatação em ação para não passarmos mais esse tipo de vergonha", finaliza Humberto.




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