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NotíciasAVGAs no Brasil: um monumento à incompetência nacional08/02/2021

Em menos de 6-7 meses, a segunda frota do mundo de aviões movidos a gasolina de aviação está no chão. 

A absoluta irresponsabilidade e conivência das autoridades envolvidas é gritante, absurda e ridícula.

ANP: a agência que deveria ter a incumbência de garantir a qualidade do combustível produzido e consumido no Brasil tornou-se o laranja dos incompetentes. Importação de produtos defeituosos? Resposta dos responsáveis: "produto defeituoso, mas passou por todos os testes da ANP". Fabricação local de produtos ruins? Resposta dos responsáveis: "produto ruim, mas passou por todos os testes da ANP". A ANP para a aviação não é mais a Agência Nacional do Petróleo e Gás Natural, mas a Agência Nacional da Piada. Produtores, importadores e distribuidores de produtos defeituosos tem na ANP o álibi perfeito para fazer todo tipo de besteira, expor consumidores a abusos e riscos sem que corram nenhum risco de responsabilização. Uma vergonha nacional, paga com dinheiro do contribuinte.

ANAC: funciona como um marido traído. É sempre a última a saber, nada tem a fazer e ainda pisa em ovos "pois a responsabilidade primária dos combustíveis é da ANP, não da ANAC." A agência que deveria cuidar para que a frota voasse em segurança não mostrou até agora nenhuma capacidade de ação de proteção dos interesses de quem acostumou-se a chamar de "regulados". Seus fiscais são agressivos e impetuosos contra indivíduos quando "não anotaram a lista de passageiros" de voos privados ou para encrencar com quem resolver modernizar suas aeronaves, instalando itens de segurança melhores, mas falam fino quando toda a frota fica no chão por falta de qualidade nos combustíveis.

Ministério da Infraestrutura: na linha da ANAC, canta alto quando informa que vai conceder vinte e tantos aeroportos para a iniciativa privada (que depois irá cobrar quanto quiser dos operadores) mas fala manso, não tem autoridade e nem vontade de impor aos fornecedores não só explicações sobre os problemas, como responsabilização dos envolvidos.

Ministério das Minas e Energia: opera como advogado da ANP. Sem compromisso algum com a eficácia e a segurança, quando provocado repete o mantra de sempre: "A ANP é um órgão independente e seguimos suas posições técnicas (sic)". 

Em suma, os fatos notórios com o AVGAS só comprovam a tese que já conhecemos: entra governo, sai governo e o cidadão é refém dos incompetentes, irresponsáveis e burocratas. Operadores e usuários entram com o dinheiro para financiar o circo enquanto os órgãos públicos fazem a comunidade aeronáutica de palhaços.




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