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NotíciasAVGAS Defeituosa: Condições para o retorno ao Voo19/07/2020

No final da semana passada todos os distribuidores informaram que retomariam o fornecimento de AVGAS com "novo lote". 

Infelizmente, até agora, não se tem as informações oficiais e corretas sobre o que se passou e sobre o que está sendo feito para que o mercado seja suprido novamente com gasolina nova. Ainda também não foi apresentado, pela Petrobras, distribuidores e revendas as condições para reparação dos danos causados. Isso é parte do trabalho que a AOPA Brasil continuará a fazer.

Para a AOPA Brasil a simples retirada do mercado do produto sem qualidade e sua substituição por um suposto novo lote não é suficiente nem para a segurança de voo, nem para que se assuma que as aeronaves estejam aptas a voo, mesmo que "não tenham aparecido vazamentos".

Nesse sentido, a AOPA Brasil irá continuar seu trabalho de entendimento do que ocorreu e do que será feito para reparar os danos causados ou que venham a ocorrer por consequência da venda de combustível dito defeituoso.

Para nós, pilotos e proprietários, os próximos passos para retomada dos voos são muito importantes.

1) Desde o início dessa crise as recomendações da AOPA Brasil, técnicos e especialistas em segurança de voo foi pela interrupção das operações não essenciais até que se tivesse clara noção do que ocorreu. A ANAC jamais proibiu as operações, o que na opinião da AOPA Brasil foi medida correta, ponderando muito bem as evidências com a necessidade de manter operações essenciais. A ANAC fez o que estava ao seu alcance de maneira tempestiva, na medida certa e está colaborando.

2) As recomendações já dadas pela AOPA Brasil para que antes do próximo voo sejam feitas inspeções cuidadosas, com combustível dentro de padrões, continua válida. O que isso significa, na prática?

a) Aeronaves que apresentaram problemas de vazamento ou outros indícios de contaminação só devem retornar ao voo depois de minunciosamente inspecionadas, de preferência por mecânicos ou com a instrução deles. 

b) Há relatos de aeronaves que não apresentaram vazamentos mas que tiveram danos, os mais visíveis e comuns em juntas e vedações de tanques de gasolina. Por isso as inspeções são tão importantes. A abertura de janelas de inspeção que permitam acesso aos tanques ou o uso de boroscópio para verificação do que não se consegue enxergar facilmente pode ser uma medida rápida para conhecer melhor as condições dos tanques de gasolina e outros componentes.

3) Em nenhuma hipótese, voe se você tiver alguma dúvida sobre qualquer item que pode ser sido afetado. Lembre-se: a Petrobras já informou que o tipo de defeito na gasolina afeta polímeros (grosseiramente falando, material plástico e de resinas) e elastômeros (material de borracha). A primeira coisa que irá se degradar em contato com esse material são os plásticos e resinas em tanques e as suas vedações de borracha.

4) Os distribuidores estão informando que a Petrobras mandou recolher o lote da gasolina defeituosa. Segundo eles, esse lote foi trocado. Não faz sentido alguém voar com gasolina que pode ter feito parte desse mesmo lote, mesmo diluída. Não caia no pensamento simples de que "não fui afetado" (por alguma hipótese), até porque houve quem dissesse isso no começo e a própria aeronave apresentou problemas dias depois. Para se ter alguma certeza, só com informações que ainda não foram divulgadas. Caso decida pela drenagem dos seus tanques, cuide para que o descarte seja feito corretamente, sem dano ao meio-ambiente.

Documente fotograficamente tudo que puder. Ao solicitar inspeção por uma oficina, solicite registro das inspeções e principalmente das correções feitas. 

Pense primeiro na segurança! Essa é a nossa obrigação.


Para quem identificar discrepâncias, continuam válidas
as recomendações já feitas aqui (clique nesse link).





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