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NotíciasAVGAS no Brasil: atualização de informações27/04/2019

A AOPA Brasil vem atuando junto ao governo e principais atores do negócio da distribuição de AVGAs no Brasil para lidar com a potencial crise de abastecimento. Sabemos que o suprimento do combustível que move mais de 11.000 aeronaves no Brasil não está normal.

Novas informações relevantes devem ser divulgadas, em nome de tornar o mercado mais informado, com fatos.

Ana Helena Mandelli, diretora de aviação da Plural (associação que representa os distribuidores de combustíveis brasileiros), estabeleceu contato conosco, está totalmente sensível com as nossas preocupações e esclareceu o seguinte:

"A gasolina de Aviação é produto de extrema relevância para o mercado nacional, produzido na refinaria da Petrobras de Cubatão e distribuído à todas as regiões brasileiras por via rodoviária. A refinaria de Cubatão fez uma parada programada de manutenção e esta se estendeu mais do que o previsto inicialmente. Com o objetivo de reduzir os impactos aos consumidores, tão logo soube do imprevisto, a Petrobras fez importações de produto para suprimento do mercado local armazenando o produto no porto de Santos."

Ou seja, uma parada da refinaria Petrobras, que produz o AVGAs no Brasil, está sendo mais longa do que o previsto. Para que o mercado continuasse abastecido, a Petrobras vem importando o combustível.

"Visto não ser esta a operação regular (a importação e não o refino), e sim uma operação de contingência, sofremos algumas dificuldades de operação no início. Superadas as dificuldades iniciais o carregamento se tornou regular. Ressaltamos que a operação do porto não é a idêntica a operação normal das distribuidoras e, portanto, não tem a mesma produtividade. Desta forma as empresas distribuidoras, em conjunto com a Petrobras, têm trabalhado continuamente para melhorar este  procedimento. O retorno da refinaria está previsto para dezembro de 2019 e já  recebemos da Petrobras a confirmação desta que continuará fazendo importações para suprimento do mercado."

"Referente a  informação de que a Petrobras devolveu seu tanque de Avgas em Santos informamos que, devido troca de operador logístico no terminal atual, será necessário que a empresa escolha outra localidade para armazenar o produto até a retomada da refinaria."

A AOPA Brasil foi informada que há um navio tanque com AVGAs, já na costa brasileira, contratado pela Petrobras, para garantir o suprimento do combustível. Além disso informações nos deram conta de que no processo de movimentação da carga de AVGAs para outros locais de armazenagem, parte do estoque foi contaminado com água. O processo de descontaminação está sendo realizado.

Há dificuldades na produção (parada da refinaria) e na distribuição (armazenagem diferente, via importação e troca de terminais usados para o estoque de AVGAs). Isso já está implicando em problemas de abastecimento. Toda a cadeia de suprimentos está tendo que se ajustar a um novo jeito de armazenar e distribuir, até que a retomada da refinaria se regularize, no final do ano. Há AVGAs em estoque, mas as dificuldades logísticas criadas tornaram a distribuição mais complicada e cara, até que se estabilize.

Autoridades aeronáuticas nos informaram ainda terem obtido da Petrobras a informação de que não há, por parte da petroleira, nenhum interesse ou decisão de se retirar do mercado de AVGAs.  

Nesse contexto, a AOPA Brasil prevê desequilíbrios no mercado de AVGAs nos próximos meses, inclusive com riscos de desabastecimentos. Até que a Petrobras e os distribuidores se ajustem às contingências poderá haver problemas para quem armazena, distribui, vende o produto e, obviamente, para quem o consome.

Um mercado só é forte quando tem volume, pois se torna atrativo para todos. O consumo de AVGAs, no Brasil, caiu pela metade em 18 anos. Somente destravando a aviação geral e recolocando nossa frota para voar, esse mercado voltará a crescer e ter relevância. 

Para destravar esse setor, o foco total, agora, é acessar aeroportos com tranquilidade operacional e a custos razoáveis. Isso pode deflagrar um movimento positivo para todos nós.

A AOPA Brasil agradece os esclarecimentos da Plural e a atuação da SAC, que tem monitorado a situação e mantido canais eficazes de comunicação conosco e resolução dos problemas.




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